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FILOSOFIA DO NÓS*

eu só existo porque nós existimos

UNIÃO - essa é a missão, reafirmada desde o ano de 2017, da Casa de Cultura Lode Apara. 

Nosso propósito, a partir da orientação de Mam'etu ria Nkisse, Aparasilê (Mãe Glória), está voltado à união da nossa comunidade. O que nos leva à reaproximação da base da filosofia Africana, Ubuntu, nomeada por Alexandre do Nascimento como "a filosofia do nós". 

O DIVINO

Nzambi Npungu/Nkissi/Ancestrais

Culto aos Nkissis e aos ancestrais, elevação a Nzambi... Reconhecimento que se eu e se esse mundo existimos, é porque existiram antes de mim... O conhecimento que nos foi dado, a experiência, o zelo e orientação.

Comunidade (seres humanos)

A relação entre pessoas de idades e saberes distintos. A singularidade em comunhão. A união, entendimento de fazer por e para o todo. Expressão autêntica, a empatia, respeito a diversidade, talento e propósito. Respeito aos mais velhos. Prioridade à infância. 

Natureza (Seres animados e inanimados)

A grandiosidade da natureza e seus fenômenos, o aprendizados por observação, nossa casa, nossa mãe são o que nos provê de vida. Além de apontar para a gratidão e o cuidado por aquilo que nos mantem vivos.

Ubuntu é o termo que representa a cosmovisão negro-africana, a qual nos dedicamos a aprender e aprimorar. Assim como nossos ancestrais, concebemos o mundo como uma teia de relações entre o divino, a comunidade e a natureza. E são esses três pilares que seguimos para o nosso desenvolvimento enquanto seres humanos. 

“Ubuntu é a essência de ser uma pessoa”, “significa que somos pessoas através de outras pessoas”, “que não podemos ser plenamente humanos sozinhos”, “que somos feitos para a interdependência”. 

Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz e Arcebispo Sul Africano.

Uma política de constituição do Comum é a afirmação da ética Ubuntu, através da afirmação da igualdade contra o privilégio, da multiplicidade contra a uniformidade, do respeito contra o preconceito, da inclusão contra a exclusão e da criação de meios que assegurem “humanidade” para os muitos de uma coletividade e, objetivamente, acesso aos direitos definidos como “humanos”. Alexandre do Nascimento. 

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